As paredes do castelo mantinham as pedras brancas da fachada externa, cobertas por quadros com figuras das primeiras eras e antigas armas e armaduras. Longas mesas se estendiam pelos salões, iluminados por lustres recobertos por velas. Os compridos tapetes azuis guiavam Leon sala por sala, até finalmente chegar a uma porta branca no lado oposto. Os convidados do rei encontravam-se no jardim aos fundos do castelo, servindo-se de vinho. Leon desceu a pequena escadaria e caminhou até o peitoril do jardim observando a escuridão da baía de Satis, mais alguns passos para a direita e deparou-se com a estátua da deusa Corális que tomava grande parte do jardim.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Castelo de Agravian
As paredes do castelo mantinham as pedras brancas da fachada externa, cobertas por quadros com figuras das primeiras eras e antigas armas e armaduras. Longas mesas se estendiam pelos salões, iluminados por lustres recobertos por velas. Os compridos tapetes azuis guiavam Leon sala por sala, até finalmente chegar a uma porta branca no lado oposto. Os convidados do rei encontravam-se no jardim aos fundos do castelo, servindo-se de vinho. Leon desceu a pequena escadaria e caminhou até o peitoril do jardim observando a escuridão da baía de Satis, mais alguns passos para a direita e deparou-se com a estátua da deusa Corális que tomava grande parte do jardim.
Abygail Stier
Abygail Stier
Abygail certamente havia herdado as habilidades de combate da família, seu corpo era rígido, com o cabelo loiro contido em uma longa trança, sempre envolto pelo cachecol verde da família. Ela vivia com um arco na mão, uma pequena espada curva na bainha e uma cinta de adagas presa à cintura.
Túmulo da rainha Lafen
Marina vestiu seu capuz branco e voltou a montar em seu
cavalo, partindo em direção ao lago de Begleiter. Seus olhos estreitos
pelejavam contra as fortes correntes de vento e os feixes de sol há muito
esquecidos pelo tardar do inverno. O imenso lago foi batizado com o nome de sua
ancestral Begleiter, mulher de Afor, primeiro senhor de Agravian, na época da guerra
por Aurum. Benevere, a égua branca de Marina corria incansavelmente pelo imenso
campo gelado, sem se importar com o forte ar gelado que preenchia seus pulmões.
Ao contornar o abissal lago a princesa deparou-se com a parte leste da floresta
de Agravian, jamais explorada por ela. Benevere relinchou alarmada e parou
instantaneamente, olhando acobardada a densa floresta negra, mas continuou pela
trilha de pedras assim que ordenada por sua dona. A floresta infinda fechava-se
mais a cada metro que se passava e Benevere já não podia mais galopar, sendo
obrigada a marchar lentamente entre o labirinto de árvores, tocos e arbustos
que cingiam o local. O entrelaçar das árvores impedia que o vento frio
adentrasse, porém, a floresta continuava húmida e escura. Um pequeno barranco
de terra molhada recém-marcado por cascos de cavalo foi avistado, ligando a
densa floresta a um pequeno portal erguido entre galhos e plantas trepadeiras que
refulgiam a luz do dia. Benevere relinchou alto ao voltar a galopar por campos
abertos, incessante em direção aos montes brancos ofuscados no horizonte
gélido. Marina agarrou-se a cela de sua égua e deixou que a própria se guiasse
por entre a fina camada de gelo derretido nos pastos dos campos de Agravian.
Finalmente as colinas se dissiparam no horizonte e logo ficaram para trás,
dando lugar a uma trilha quase imperceptível a um olhar pouco cuidadoso, que
seguia rumo ao topo de um patamar mais alto, na beira da cratera que delimitava
o fim do reino e o início do mar. Marina saltou de Benevere, amarrou seu
alforje de flechas à suas costas e armou seu longo arco de madeira branca
seguindo em direção as árvores no topo da pequena colina. As três árvores
principais estavam circundadas por amplas rochas abauladas que cercavam um
túmulo de pedra com a figura esculpida de uma mulher deitada sobre ele. Marina
abaixou-se lentamente para ler as palavras gravadas na pedra e olhou fixamente
ainda comovida para gravura da bela dama que se acamava sobre o túmulo.
Castelo de Aurum
Castelo de Aurum
O vento percorria a
vasta área aberta sobre a água. Em meio à tormenta de sua fúria, alimentava a
ira das ondas que sucumbiam exaustivamente contra o imenso paredão de pedras. A
força do mar estava há muito marcado entre as fendas nas pedras rígidas que
sustentavam o patamar que fora escolhido como sede da cidade dos nobres, com
sua muralha minunciosamente construída durante gerações para abrigar o berço da
família real. Aurum, a capital do reino dos homens fazia-se presente sobre uma
ilha de pedras entre as vastas campinas do reino ao leste e o infindo mar ao oeste. Cercada por
precipícios, a cidade estava estrategicamente invulnerável a qualquer tipo de
ameaça por terra ou por mar. O imenso castelo apoiava-se na beira do precipício,
criando uma espécie de balanço que sustentava parte de sua estrutura suspensa
sobre a água. Laurel, a cidade dos nobres cavaleiros estava ao leste, logo abaixo,
protegendo a única entrada a cidade dos reis. Uma cachoeira de proporção
alarmante formava-se entre as duas cidades, sobre a proteção de duas estatuas
monumentais com a figura de dois cavaleiros cruzando suas lanças, como forma de
dissipar o movimento da queda das águas, deixando uma única brecha sobre uma
ornamentada ponte de pedras que ligava Laurel a Aurum por entre uma caverna
diagonal. A estrada entre a caverna iniciava-se em Laurel no nível do mar, até o patamar superior a caminho do castelo que
abrigava o concelho, a supremacia do reino e seu rei, Galehaut.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Feudos de Aurum
Feudos de Aurum
Aurum - Capital do reino
Hazel - Cidade dos arqueiros
Laurel - Cidade dos nobres cavaleiros
Serena - Cidade do comércio marítimo
Agravian - Cidade dos pescadores
Morthol - Cidade da escola de armas
Vougahn - Cidade dos mineradores
Líadan - Cidade dos diplomatas
Menglod - Cidade dos artesões
Algar - Cidade dos cavaleiros
Dahas - Cidade dos arcanos
Valkiria - Cidade dos sacerdotes
Um conto sobre deuses
No início, o mundo era feito de vazio e escuridão, regido e
governado por Shakar, senhor das sombras, do escuro e do vazio. Porém, tudo no
mundo necessita de equilíbrio, para a escuridão sempre haverá uma luz, por mais
tênue que seja. Em meio ao vasto horizonte negro surgiu um clarão nascente,
dando vida a Aghor. E assim viveram enfrentando as eras, mas até mesmo seres
supremos tender a sucumbir perante a solidão e os desejos. Aghor, em um
violento rugido de desalento, criou uma fenda no escuro vazio e despertou um
calor infindo, trazendo a vida seres celestes para reinarem junto a eles. Aghor
provinha sua vida dos céus, mas seus companheiros necessitavam de outra fonte
de energia para sobreviver. Do ventre de sua esposa, Aghor gerou um mundo onde o
amor dos deuses seria convertido em poder vital. Agahta gerou a terra e a
natureza de seu ventre e desta brotaram formas de vida as quais cada deus
cuidava e se alimentava de fé. Shakar não suportou a luz que os deuses
trouxeram consigo e partiu junto aos deuses renegados para o lado escuro do
mundo.
A natureza foi a maior riqueza que os deuses criaram neste
mundo, seus elementos deram vida aos seres que por aqui habitam. Seres que o
dominaram por entre as eras, usando-o e destruindo-o. Criaturas que aprenderam
não só a se defender, mas também a atacar usando tais riquezas. Aghor, ainda
nos palácios suspensos, por ódio de tamanho descaso entre os seres na terra, decidiu
limpar o mundo e pediu a Miriel, sua sobrinha, deusa das chuvas e da água doce,
que enviasse uma última tempestade. Agahta, sua mulher, deusa da natureza, com
os olhos piedosos em prantos por amor a seus filhos, implorou a Aghor uma última
chance, daria a uma raça de homens o poder de interagir com os elementos da
natureza, assim, estes provariam o seu valor a partir de suas escolhas, trariam
a paz ao mundo em meio a essa era onde castelos eram erguidos para a guerra, ou
seriam corrompidos por tamanho poder em suas mãos e trariam a escuridão a seu
mundo. Krieghor, deus da guerra, ajoelhou-se segurando a sua espada e jurou a
sua irmã que aqueles que escolhessem o caminho da luz teriam proteção em sua
jornada. Agahta, comovida derramou suas lágrimas em quatro frascos de cristal e
entregou-os a Iduna, deusa dos partos e das famílias pedindo-a que as desse de
beber as mais puras criaturas que encontrasse na terra e assim seus legados
carregariam a marca dos elementos da natureza. Shakar, deus do submundo, rei
dos deuses renegados, interferiu durante a reunião e ofereceu Alícia para
ajudar Iduna em sua jornada, os deuses renegados derivam de tudo que a
humanidade criou de desprezível na terra e sem os homens Shakar sabia que seria
questão de tempo para que os poderes de seu seguidores fossem esvaídos. Os
portões dos céus foram abertos para Iduna e Alícia, que rapidamente pousaram em
Elemenah, uma das ilhas isoladas do sul, onde se depararam com Elthya - uma das
princesas da ilha norte – e a entregaram o frasco onde a lágrima havia ficado
branca, rapidamente levaram a segunda lágrima à ilha do oeste e entregaram a Korg
– rei da planície de areia. Iduna não suportando a ideia de ter de viajar com a
filha bastarda de seu marido, entregou o frasco da lágrima vermelha a Alícia e a
instrui que a entregasse à Leonas – rei de Ofen nos vales vulcânicos do sul – enquanto
levaria a última lágrima a Azura, a rainha das lagoas da ilha leste antes que
Dain, deus do dia e do sol, surgisse trazendo a luz da nova manhã. Shakar,
porém, envolto em tamanho poder concedido por Agahta, antes que Alícia
entregasse a lágrima, coletou um simples respingo e o guardou em um frasco
amarrado a seu pescoço. Na noite seguinte, Shakar voltou a uma ilha abandonada entre
as demais e selou um acordo com Shatten, rei das tribos bárbaras, lhe
entregando o respingo da lágrima de Agahta, em troca de sua total lealdade. Na
mesma noite, transformou os pedregulhos em sua volta em ouro e ordenou a
Shatten que criasse um exército e exterminasse os reinos nas ilhas vizinhas e
assim começaria uma era de escuridão, escuridão que encobriria o mundo novamente
e alimentaria os poderes de Shakar, fazendo com que Aghor caísse, deixando os
palácios suspensos para que os deuses renegados governassem os céus enquanto
Shatten governaria a terra.
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