Castelo de Aurum
O vento percorria a
vasta área aberta sobre a água. Em meio à tormenta de sua fúria, alimentava a
ira das ondas que sucumbiam exaustivamente contra o imenso paredão de pedras. A
força do mar estava há muito marcado entre as fendas nas pedras rígidas que
sustentavam o patamar que fora escolhido como sede da cidade dos nobres, com
sua muralha minunciosamente construída durante gerações para abrigar o berço da
família real. Aurum, a capital do reino dos homens fazia-se presente sobre uma
ilha de pedras entre as vastas campinas do reino ao leste e o infindo mar ao oeste. Cercada por
precipícios, a cidade estava estrategicamente invulnerável a qualquer tipo de
ameaça por terra ou por mar. O imenso castelo apoiava-se na beira do precipício,
criando uma espécie de balanço que sustentava parte de sua estrutura suspensa
sobre a água. Laurel, a cidade dos nobres cavaleiros estava ao leste, logo abaixo,
protegendo a única entrada a cidade dos reis. Uma cachoeira de proporção
alarmante formava-se entre as duas cidades, sobre a proteção de duas estatuas
monumentais com a figura de dois cavaleiros cruzando suas lanças, como forma de
dissipar o movimento da queda das águas, deixando uma única brecha sobre uma
ornamentada ponte de pedras que ligava Laurel a Aurum por entre uma caverna
diagonal. A estrada entre a caverna iniciava-se em Laurel no nível do mar, até o patamar superior a caminho do castelo que
abrigava o concelho, a supremacia do reino e seu rei, Galehaut.
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